Mais sobre: Florença em 7 dias: guia para a descobrir em detalhe
Em 7 dias, podemos explorar a fundo a cidade com tudo o que há para ver e fazer em Florença, além de ter tempo de sobra para fazer algumas das excursões mais interessantes nos arredores de Florença.
No itinerário que partilho a seguir, dedicamos os primeiros dias a conhecer a fundo os monumentos, museus e locais históricos da cidade, e reservamos alguns dias para conhecer os arredores da capital da Toscana com excursões gastronómicas e visitas a algumas vilas de extraordinária beleza.
Dia 1: Começamos a viagem conhecendo o coração de Florença
Piazza Duomo, Catedral e Batistério de São João
Embora haja muito para ver e fazer em Florença, o melhor lugar para começar esta viagem é no próprio coração da cidade. Este encontra-se na praça do Duomo, onde se localizam a famosa catedral com a espetacular cúpula de Brunelleschi, o campanário de Giotto e o Batistério de San Giovanni. Todo este complexo é uma das grandes obras do renascimento e vale a pena visitá-lo por completo, incluindo a subida à cúpula.
Podemos dedicar toda a manhã do primeiro dia a percorrê-lo com calma e até parte da tarde, após uma paragem para comer, se o fizermos com calma ou se não tivermos sido previdentes e não tivermos comprado os bilhetes antecipadamente para o Duomo de Florença. Nesse caso, é possível que tenhamos que enfrentar algumas filas. No entanto, o complexo do Duomo é uma visita inesquecível e, se contratar uma visita guiada, a experiência será ainda mais enriquecedora.
Via dei Neri e dell'Ariento e mercado central
Após uma visita impressionante, mas exaustiva, ao complexo do Duomo, é preciso recuperar as forças e relaxar com uma boa refeição e um agradável passeio pelo centro de Florença. Para isso, o melhor é visitar o mercado central, não muito longe do Duomo, e desfrutar dos melhores produtos locais nas suas bancas, provando-os nos restaurantes do próprio mercado e arredores.
Em seguida, podemos dedicar a tarde a percorrer as ruas dei Neri e dell'Ariento, duas das ruas centrais mais frequentadas, onde podemos encontrar lojas, gelatarias e uma infinidade de locais perfeitos para conhecer a tradição florentina. Um bom final para um primeiro dia em Florença.
Dia 2: Centro histórico e artístico de Florença.
Galeria da Academia
Juntamente com a Galeria Uffizi, a Galeria da Academia de Florença é o museu mais visitado da cidade e também um dos mais frequentados do mundo. O principal responsável por isso é o artista Michelangelo e o seu famoso David, que repousa neste museu. A escultura de mais de 5 metros de altura atrai milhões de visitantes, embora não seja a única obra de arte exposta na Galeria da Academia. A Galeria da Academia possui uma magnífica coleção de arte renascentista com pinturas e esculturas de vários autores, além de Michelangelo.
Igreja de Santa Maria Novella e Museu Novecento
Depois de visitar a Academia, dirigimo-nos à Basílica de Santa Maria Novella, a apenas alguns minutos a pé do museu da Academia. Esta igreja foi declarada Património Mundial da Humanidade pelo seu valor arquitetónico e artístico. A sua fachada é uma obra-prima do renascimento e no seu interior existem várias obras de arte de autores tão relevantes como Brunelleschi ou Masaccio.
Na mesma praça onde se encontra a Basílica de Santa Maria Novella está localizado o Museu Novecento. Trata-se de um museu de arte moderna e contemporânea que nos oferece um contraste muito interessante com a arte renascentista de Florença. É sempre uma visita recomendável.
Basílica de Santa Croce e Piazza Santa Croce
Para concluir o segundo dia, uma opção muito interessante é visitar a Basílica de Santa Croce. Atravessando o centro da cidade a partir de Santa Maria Novella com um agradável passeio de cerca de 15 minutos, chegaremos à praça Santa Croce.
Nesta bela praça encontra-se a Basílica de Santa Croce, no interior da qual repousam os restos mortais de grandes figuras da história, como Dante Alighieri, Maquiavel, Miguel Ângelo ou Galileu Galilei. A beleza do local está à altura das ilustres figuras que repousam nesta igreja, que, além disso, é o broche de ouro perfeito para coroar o nosso segundo dia em Florença.
Dia 3: Um dia para mergulharmos de cabeça no renascimento italiano
Fonte do Porcellino
O nosso terceiro dia em Florença começará com a prática de uma das tradições preferidas dos turistas. No mercado novo, perto da Ponte Vecchio, encontra-se a fonte do Porcellino ou do javali, pois é o animal de cobre que decora a fonte. A tradição diz que, se colocares uma moeda na boca do animal de bronze e ela cair dentro das grades por onde a água escorre, terás sorte e poderás voltar a Florença. Algo que, sem dúvida, desejarás depois de conhecer a cidade.
Palazzo Vecchio e Ponte Vecchio
Perto do Porcellino e atravessando o rio Arno encontra-se uma das pontes mais famosas do mundo e símbolo de Florença: a ponte Vecchio. Esta ponte medieval é uma das poucas pontes habitadas que se conservam no mundo e um dos locais mais movimentados da cidade.
A Ponte Vecchio dá acesso à rua Santa Maria que, por sua vez, nos leva à praça da Signoria, onde se encontra o nosso próximo destino, o Palazzo Vecchio. Atualmente, é a sede da Câmara Municipal de Florença, embora seja possível visitá-lo para conhecer o seu museu e os aposentos dos nobres que o habitavam, como os Médici.
Galeria Uffizi
Não se pode viajar para Florença e não visitar a Galeria Uffizi. Este museu é um ponto imperdível, pois a sua coleção é uma das mais importantes do mundo. A Galeria Uffizi abriga pinturas realizadas entre os séculos XIII e XVIII por figuras tão importantes como Botticelli, Leonardo Da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael ou Ticiano. Um local de culto para todos os amantes da arte. As informações para adquirir os seus bilhetes para visitar a Galeria Uffizi estão disponíveis neste link.
Dia 4: Dia para visitar os monumentos e locais do sul de Florença
Abadia de San Miniato e Piazzale Michelangelo
No quarto dia deste itinerário por Florença, é hora de atravessar o rio Arno e conhecer a parte sul de Florença. A primeira paragem nesta zona é a praça Michelangelo. O encanto desta praça reside nas espetaculares vistas panorâmicas que nos oferece da cidade. Não é por acaso que é uma das fotografias mais repetidas de Florença.
No topo da mesma colina onde se encontra o miradouro está a abadia de San Miniato. O nome desta igreja deve-se ao primeiro santo e mártir de Florença, São Miniato, que, segundo a lenda, após ser decapitado, levantou-se pegando na sua cabeça e regressando à caverna onde vivia como eremita. Nesse mesmo local foi construída esta igreja de estilo românico, com o selo e a personalidade da Toscana.
Palazzo Pitti e jardins de Boboli
Chega-se ao complexo do palácio Pitti atravessando a ponte Vecchio e seguindo pela via de Guicciardini. Este palácio pertenceu a um banqueiro chamado Luca Pitti, que vendeu o edifício aos Médici. O seu interior funciona como museu, com uma vasta coleção de arte que pode ser apreciada enquanto se percorrem as salas do palácio.
Mas o mais notável do palácio são os jardins de Boboli. Este grande espaço verde de estilo renascentista foi reconhecido como Património Mundial pela UNESCO graças às suas espetaculares fontes e à sua vegetação bem cuidada. São tantas esculturas e fontes de grande valor artístico que é difícil enumerá-las. Como bónus, a partir dos jardins também se tem uma boa vista panorâmica da cidade.
Dia 5: Excursão à Toscana e degustação de vinhos
Como já mencionei, em 7 dias em Florença teremos tempo para fazer excursões muito interessantes nos arredores de Florença e, no quinto dia da nossa viagem, podemos nos presentear com uma homenagem gastronómica na Toscana italiana.
Excursão a Chianti com degustação de vinhos e produtos típicos da Toscana
Florença é a capital da Toscana e, como tal, nas suas proximidades encontram-se algumas das regiões mais importantes em termos de cultura gastronómica. Por isso, no quinto dia deste itinerário, proponho sair da cidade em busca de uma boa adega onde degustar os melhores vinhos e produtos da Toscana italiana.
As opções são muito variadas, mas, para garantir, o melhor é visitar Chianti. Muito próxima da cidade, esta região é mundialmente conhecida pelos seus vinhos e adegas. Com uma excursão organizada, podemos visitar alguns dos seus vinhedos, onde nos serão oferecidos vinhos e produtos típicos para viver uma experiência que o seu paladar dificilmente esquecerá.
Dia 6: Aldeias e locais emblemáticos da Toscana
A Toscana é muito mais do que adegas e vinhos. São também aldeias de sonho com muita história e que constituem um destino perfeito para o nosso sexto dia de viagem por Florença.
Começando por San Gimignano, talvez a aldeia mais bonita de todas. Situada a menos de 60 quilómetros de Florença, esta aldeia é conhecida como a cidade das mil torres devido aos seus numerosos campanários e torres concentrados numa pequena localidade. Foi declarada Património Mundial pela UNESCO graças ao seu encanto e arquitetura, o que a torna uma das excursões mais recomendadas a partir de Florença.
A vila é muito agradável de se ver e pode ser percorrida confortavelmente em umas duas horas, o que nos deixa mais tempo no mesmo dia para aproveitar e visitar outros lugares, como Pisa ou Siena
San Gimignano e castelo de Monteriggioni
A menos de meia hora de carro de San Gimignano encontra-se outra vila com o encanto único da Toscana. O pequeno município de Monteriggioni, famoso pelo seu castelo peculiar.
No topo de uma colina rodeada por vinhedos e atrás de suas muralhas, a pequena vila de Monteriggioni é formada por algumas casas medievais com muito charme e personalidade. É um destino perfeito para combinar história e gastronomia e, portanto, um dos melhores lugares para visitar na Toscana.
Dia 7: Um último dia para se despedir de Florença
Após 6 dias em que já conhecemos tudo o que há de mais importante para ver em Florença e arredores, é hora de aproveitar um último dia mais relaxado. Não podemos nos despedir de Florença sem conhecer o bairro de San Lorenzo.
Neste bairro, um dos preferidos dos florentinos, a arte e a história características de Florença coexistem com um ambiente moderno e ruas cheias de lojas, mercados e as típicas trattorias italianas.
Enquanto passeamos tranquilamente pelo bairro, podemos fazer paragens para conhecer a Basílica de San Lorenzo, que abriga a capela dos Médici, onde repousam vários membros desta família histórica. Artistas como Miguel Ângelo ou o próprio Brunelleschi intervieram na igreja.
Museu Bargello e Casa Buonarroti
No mesmo bairro de San Lorenzo encontram-se dois importantes museus da cidade, que são um bom ponto para nos despedirmos da cidade da arte. O primeiro deles é o Museu Bargello. Localizado num edifício de estilo medieval, a sua exposição mistura obras da Florença medieval com outras da sua época dourada, o renascimento. O David de Donatello ou o Baco de Miguel Ângelo são as suas duas obras de arte mais importantes.
A Casa Buonarrotti é o último ponto que podemos visitar no nosso itinerário de 7 dias por Florença. Embora Michelangelo não tenha nascido em Florença, o artista passou grande parte da sua vida nesta cidade e, por isso, partilha o título de artista preferido de Florença com Brunelleschi. A Casa Buonarrotti foi a casa do próprio Miguel Ângelo e nela estão expostas numerosas obras da juventude do artista e alguns dos seus trabalhos incompletos.
Como Florença é uma cidade dominada pela arte, nada melhor do que nos despedirmos dela rodeados de arte, e nada melhor do que fazê-lo realizando um tour privado no qual poderemos percorrer, acompanhados por um guia especializado, as obras de Miguel Ângelo e os locais onde ele desenvolveu a sua carreira.