As 13 melhores obras do Louvre em Paris

Parar para admirar todas as obras alojadas no Louvre pode levar dias, semanas ou mesmo meses. É por isso que é importante saber quais são as obras essenciais para ver num dia.

Carlos Bleda

Carlos Bleda

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As 13 melhores obras do Louvre em Paris

Museu do Louvre | ©Pedro Szekely

O Museu do Louvre em Paris não é apenas um dos museus mais valiosos do mundo, é também um dos maiores, e vê-lo é definitivamente uma das coisas a fazer em Paris. Situado no antigo palácio real do Louvre, no centro de Paris, ocupa mais de 60.000 metros quadrados e alberga cerca de 35.000 obras de vários géneros. Com uma coleção destas, é impossível ver o museu na sua totalidade numa única visita. É por isso que neste post vou dizer-lhe quais são as peças que todos os visitantes que compram bilhetes para o Louvre têm de ver.

1. A Vénus de Milo

Vénus de Milo no Museu do Louvre| ©Ivo Jansch
Vénus de Milo no Museu do Louvre| ©Ivo Jansch

Começamos este passeio com uma das esculturas mais icónicas do Louvre e da história da arte, a Vénus de Milo. É considerada uma das esculturas mais importantes da Grécia antiga e foi encontrada em 1820 por um camponês que cultivava a terra na ilha de Milo, na Grécia. Representa a deusa Afrodite e é feita numa peça de mármore branco com pouco mais de dois metros de altura. Ganhou a sua fama e beleza graças ao trabalho impecável do autor e às proporções consideradas perfeitas em harmonia.

  • Autor: Atribuído a Alexandre de Antioquia.
  • Data: 110 a.C.
  • Localização: Piso 0 do Louvre, sala 345.

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2. A Vitória de Samotrácia

A Vitória da Samotrácia| ©Rodney
A Vitória da Samotrácia| ©Rodney

Pessoalmente, esta é a minha escultura favorita em todo o museu. É simplesmente espetacular. Representa a deusa Nike, a deusa da vitória na cultura grega, a caminhar sobre a proa de um navio. Pensa-se que foi feita para comemorar uma vitória numa batalha naval. Foi encontrada perto da ilha grega de Samotrácia em 1863 e mais tarde levada para França.

A postura, a posição das asas e, sobretudo, o trabalho em mármore que simula uma túnica molhada fazem com que a escultura pareça que vai ganhar vida e voar. Além disso, a sua localização no museu, num lugar privilegiado, no cimo da escadaria Daru e sobre um grande pedestal que simula a proa de um navio, realça ainda mais a sua beleza. Sabia que poderá ver uma cópia da escultura se fizer uma excursão a Versalhes a partir de Paris?

  • Autor: Desconhecido.
  • Data: 190 a.C.
  • Localização: Escadaria de Daru.

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3. O escriba sentado

O escriba sentado no Museu| ©Ivo Jansch
O escriba sentado no Museu| ©Ivo Jansch

O Escriba Sentado é uma das figuras mais conhecidas e mais importantes do antigo Egipto devido ao seu excecional estado de conservação. A escultura representa um escriba, um alto funcionário da sociedade egípcia antiga, com um nível de pormenor raramente visto em obras egípcias antigas. As cores do cabelo, da pele e dos olhos, feitas de cristal de rocha, quartzo branco e ébano, estão praticamente intactas. Apresenta ainda pormenores, como as dobras da pele devido à postura da figura, pouco comuns em obras da mesma época. Uma peça essencial para os amantes da cultura egípcia.

  • Autor: Desconhecido.
  • Data: Entre 2480 e 2350 a.C.
  • Localização: Piso 1, sala 635.

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4. O Código de Hammurabi

O Código de Hamurabi| ©Gary Todd
O Código de Hamurabi| ©Gary Todd

É quase certo que já estudou ou leu sobre o Código de Hamurabi. É nada mais nada menos do que o primeiro documento jurídico registado na história. Trata-se de uma pedra de basalto negro com dois metros de altura que representa o deus Shamash a entregar as leis ao rei babilónico Hammurabi. Sob este relevo estão gravadas as 282 leis conhecidas como o Código de Hamurabi, incluindo leis tão conhecidas como a lei de Talião e o princípio da presunção de inocência. Mais do que pelo seu valor artístico, esta obra destaca-se pela sua relevância histórica, sendo uma das mais importantes do Louvre neste domínio.

  • Autor: Desconhecido.
  • Data: 1750 a.C.
  • Localização: Piso 0, sala 3.

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5. Psique reanimada pelo beijo de amor

Estátua de
Estátua de "Psique reanimada pelo beijo de amor" no Museu do Louvre| ©Larry Koester

Em termos de beleza pura, esta obra ocupa um lugar privilegiado no Louvre e na história da arte. Também conhecida como "O Beijo", a representação de Eros e Psique é bela devido ao trabalho do seu autor, Antonio Canova, com o mármore na postura e nos pormenores das figuras. Mas também por causa da lenda do que representa. Afrodite, deusa da beleza, ordenou ao seu filho Cupido que disparasse uma flecha sobre Psique, a mais bela filha do rei da Anatólia, por ciúme da sua beleza. Esta flecha faria com que Psique se apaixonasse perdidamente pelo pior homem que alguma vez conhecera, mas Cupido apaixonou-se por ela e acabou por atirar a flecha fora.

  • Autor: Antonio Canova.
  • Data: Finais do século XVIII.
  • Localização: Piso 0, sala 4.

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6. Os touros alados

Os touros alados do Louvre| ©Daniel Castro
Os touros alados do Louvre| ©Daniel Castro

Estas figuras colossais eram representações de híbridos entre touros, águias e humanos que, na cultura mesopotâmica, eram colocadas à entrada das cidades e dos templos, na crença de que serviam para os proteger dos inimigos. O Museu do Louvre alberga duas destas figuras, que, juntamente com as do Museu Britânico, são das mais importantes que se conservam. Estão situadas à entrada de uma sala, cumprindo a função para a qual foram criadas. A título de curiosidade, se as figuras forem observadas de frente parecem estáticas, mas de lado dão a sensação de estarem a mover-se. O truque está no facto de terem cinco pernas.

  • Autor: Desconhecido
  • Data: 713 a.C.
  • Localização: Piso 0, entrada da sala 4.

7. A Mona Lisa

A Mona Lisa| ©Matthias Mueller
A Mona Lisa| ©Matthias Mueller

Começamos agora com os quadros e é claro que não podia deixar de o fazer com o quadro mais famoso do Louvre e de todo o mundo. Precisa de alguma apresentação? Estou a falar, obviamente, da Mona Lisa ou Gioconda. A obra de Da Vinci é o símbolo por excelência do Louvre e praticamente toda a gente que passa pelo museu não sai sem lhe tirar uma fotografia. A pintura a óleo é surpreendentemente pequena para quem nunca a viu, medindo 77 centímetros de altura e 53 centímetros de largura.

Os mistérios que envolvem o quadro são em grande parte responsáveis pela sua fama. Não se sabe ao certo quem é a mulher retratada por Leonardo da Vinci, embora as hipóteses mais aceites sugiram que possa ser Lisa Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo, ambos nobres da cidade de Florença.

Outro dos atractivos da obra é o sorriso misterioso da mulher. É também de salientar a técnica de Da Vinci e o seu uso do "sfumato", que desfoca o fundo para realçar a figura representada. Terá de fazer malabarismos se quiser tirar uma fotografia com a Mona Lisa, uma vez que ela está sempre rodeada por centenas de pessoas. É melhor ir de manhã cedo, quando começa o horário de abertura do Louvre, para evitar multidões.

  • Autor: Leonardo Da Vinci
  • Data: Entre 1503 e 1519.
  • Localização: Piso 1, sala 6.

8. O casamento em Caná

O quadro das Bodas de Caná no Museu do Louvre| ©Peter Menzel
O quadro das Bodas de Caná no Museu do Louvre| ©Peter Menzel

Outro dos quadros mais famosos do Louvre é As Bodas de Caná. Situado na mesma sala que a Mona Lisa, é por vezes ofuscado até que os visitantes se voltem e contemplem as suas imponentes dimensões. O quadro tem quase 7 metros de altura e quase 10 metros de largura.

O seu enorme tamanho, juntamente com as suas cores e pormenores, fazem dela uma obra-prima do maneirismo italiano. O quadro retrata Jesus acompanhado pelos seus discípulos num casamento celebrado em Caná, conhecido por ser o local onde transformou a água em vinho. Como curiosidade, o quadro chegou a França depois de as tropas de Napoleão o terem roubado em Itália, em 1797.

  • Autor: Paolo Veronese.
  • Data: 1562 e 1563.
  • Localização: Piso 1, sala 6.

9. A liberdade guiando o povo

Pintura
Pintura "A liberdade guiando o povo".| ©Marcus Meissner

O símbolo mais conhecido da revolução francesa e um ícone da arte francesa. Este famoso quadro de Eugène Delacroix retrata uma das revoltas do povo francês contra a monarquia, com a figura de uma mulher de tronco nu segurando a bandeira francesa numa mão e uma espingarda na outra. Uma imagem que se tornou um ícone da liberdade e que pode ser admirada atualmente no museu do Louvre.

  • Autor: Eugène Delacroix.
  • Data: 1831.
  • Localização: Piso 1, sala 77.

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10. A Coroação de Napoleão

A Coroação de Napoleão| ©Dennis Jarvis
A Coroação de Napoleão| ©Dennis Jarvis

Juntamente com A Liberdade Guiando o Povo, a Coroação de Napoleão é a maior obra de arte francesa. Foi encomendada pelo próprio Napoleão ao seu pintor oficial, Jacques-Louis David, e representa o momento da sua coroação como Imperador de França na Catedral de Notre Dame. O valor do quadro reside, em primeiro lugar, no valor histórico do momento que representa e, em segundo lugar, no seu valor artístico. É uma daquelas telas que se pode contemplar durante muitos minutos devido à quantidade de pormenores que contém.

  • Autor:Jacques-Louis David.
  • Data: Entre 1805 e 1808.
  • Localização: Piso 1, sala 75.

11. O Juramento dos Horatii

O Juramento dos Horácios| ©Graeme Churchard
O Juramento dos Horácios| ©Graeme Churchard

Talvez não lhe seja tão familiar, mas esta é uma das principais obras de Jacques-Louis David, o mesmo artista que pintou a Coroação de Napoleão. A tela, com 3,3 metros de altura e 4,2 metros de largura, representa o juramento feito pelos filhos de Horácio antes de partirem para a guerra contra os Curiatii. Trata-se de um conflito de interesses, uma vez que dois dos filhos de Horácio estavam noivos de duas das mulheres dos Curiatii. Mas mais do que pela história de fundo, este quadro é reconhecido pela sua composição e perspetiva. Um aspeto tão bem conseguido que é utilizado como exemplo nas escolas de arte de todo o mundo.

  • Autor: Jacques-Louis David.
  • Data: Entre 1784.
  • Localização: Piso 1, sala 702.

12. A Jangada da Medusa

A Jangada da Medusa| ©Julian Fong
A Jangada da Medusa| ©Julian Fong

Esta obra é um ícone do Romantismo francês. A pintura em si foi uma crítica ao rei Luís XVIII, pois retrata um tema invulgar que era atual na época graças, em grande parte, a esta pintura. Conta a história do naufrágio de uma fragata francesa em 1816 com mais de 150 soldados a bordo, dos quais apenas cerca de 20 sobreviveram, um acontecimento muito criticado pela sociedade francesa da época.

  • Autor: Théodore Géricault.
  • Data: Entre 1818 e 1819.
  • Localização: Piso 1, sala 700.

13. A Morte da Virgem

Pintura A Morte da Virgem| ©aiva.
Pintura A Morte da Virgem| ©aiva.

Finalmente, e para fechar esta lista, vou dar-me ao luxo de acrescentar um quadro de um dos meus artistas preferidos. A Morte da Virgem, de Caravaggio. Na sua época, foi uma obra muito polémica, pois retrata a Virgem Maria morta rodeada pelos apóstolos. Estes com expressões muito bem conseguidas que transmitem na perfeição a dor do quadro.

Foi o último quadro que Caravaggio pintou em Roma, o seu local de residência, pois foi obrigado a fugir da cidade depois de ter morto um homem durante uma luta. Esta obra é considerada a mais importante pintura religiosa do Seicento italiano.

  • Autor: Caravaggio.
  • Data: 1606.
  • Localização: Piso 1, Sala 11.

Com mais de 35.000 peças, entre pinturas, objectos e esculturas, e um tempo limitado para visitar o Louvre para as ver, é inevitável deixar algumas das mais importantes de fora desta lista. Mas para descobrir todas elas e conhecer a fundo um dos melhores museus de Paris e do mundo, o melhor que tem a fazer é visitá-lo. Desta forma, poderá fazer a sua própria lista das obras que mais o marcaram. Visitar o Louvre é algo que não se pode esquecer.

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