As 11 melhores obras do Museu Reina Sofía

O Reina Sofía é o museu de arte contemporânea mais importante de Espanha e um dos melhores do mundo. Descubra as suas obras mais importantes
As 11 melhores obras do Museu Reina Sofía

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A visita ao Museu Reina Sofía é uma das paragens obrigatórias se visitar Madrid. Está localizado no edifício do antigo hospital geral de Madrid, junto à estação de Atocha, e faz parte do triângulo da arte de Madrid, juntamente com os museus do Prado e Thyssen-Bornemisza.

Abriga mais de 25.000 obras de arte moderna e contemporânea, assinadas por autores tão famosos como Salvador Dalí, Pablo Picasso ou Joan Miró, e está aberto todos os dias, exceto às terças-feiras e alguns feriados. A seguir, deixo uma lista com as 11 peças imperdíveis do Reina Sofía, um dos melhores museus de Madrid e da Espanha.

1. O Guernica, de Picasso

Guernica, de Picasso| ©Daniel Lobo
Guernica, de Picasso| ©Daniel Lobo

O quadro Guernica, de Pablo Picasso, é a obra-prima do museu, a que atrai a maioria dos visitantes e a mais admirada. Esta impressionante pintura com mais de 7 metros de largura e 3 de altura representa o sofrimento causado pelos bombardeamentos alemães à localidade basca que dá nome ao quadro, com o estilo inconfundível do autor nascido em Málaga.

Picasso pintou-a em 1937 para fazer parte do pavilhão espanhol na feira internacional de Paris. Embora o Estado espanhol a tenha adquirido nesse mesmo ano, Picasso depositou a obra no MoMA de Nova Iorque para a salvaguardar durante a Segunda Guerra Mundial e enquanto Espanha vivesse sob a ditadura.

Só em 1981 é que a Espanha recuperou a obra e, depois de passar alguns anos no Casón del Buen Retiro, chegou em 1992 ao Museu Reina Sofía, onde continua a ser o seu lar permanente. Sem dúvida, vale a pena reservar a entrada para o Museu Reina Sofía só para ver El Guernica.

  • Autor: Pablo Ruiz Picasso.
  • Data: 1937.
  • Localização: Sala 205.10 do Reina Sofía.

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2. Rostro del Gran Masturbador, de Dalí

Rostro del Gran Masturbador, de Dalí| ©Eleonora Buratti
Rostro del Gran Masturbador, de Dalí| ©Eleonora Buratti

Salvador Dalí é um dos autores mais peculiares e excêntricos que se conhecem. E uma das suas obras mais excêntricas, vale a redundância, encontra-se no Museu Reina Sofia. Trata-se de Rostro del Gran Masturbador.

Esta obra de caráter autobiográfico, como reconheceu o próprio Dalí, reflete as obsessões sexuais mais profundas do autor através de uma pintura com o selo único do surrealismo do pintor. O próprio autor é representado no quadro em várias cenas.

A sua inspiração nesta pintura, como em muitas outras, foi a sua musa Gala. Salvador Dalí pintou o quadro em 1929 enquanto desfrutava da companhia de Gala em Cadaqués, apesar de ela já estar casada com o poeta Paul Éluard.

  • Autor: Salvador Dalí.
  • Data: 1929.
  • Localização: Sala 205.13 do Reina Sofía.

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3. Caracol, Mulher, Flor, Estrela, de Joan Miró

Caracol, Mulher, Flor, Estrela, de Joan Miró| ©raelala
Caracol, Mulher, Flor, Estrela, de Joan Miró| ©raelala

Joan Miró foi um dos artistas espanhóis mais influentes do século XX, bem como um dos mais versáteis, pois além de pintor, foi escultor, gravador e ceramista. Embora o próprio autor tenha experimentado vários movimentos artísticos, como o cubismo ou o fauvismo, sempre foi considerado fundamentalmente um artista do surrealismo.

O Museu Reina Sofía alberga uma das suas obras pictóricas surrealistas mais importantes, conhecida como Caracol, Mulher, Flor, Estrela. Este quadro pertence a um conjunto que o próprio Miró denominou pinturas selvagens e que surgem como resultado do medo do auge do fascismo e da pré-guerra que se vivia em Espanha em 1934, ano em que este quadro foi pintado.

Este sentimento é representado através de figuras surrealistas que dão nome à obra e de cores escuras. Esta é talvez a pintura mais famosa do autor entre todas as que estão expostas no Reina Sofía.

  • Autor: Joan Miró.
  • Data: 1934.
  • Localização: Sala 205.04 do Reina Sofía.

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4. Um mundo, de Ángeles Santos

Um mundo, de Ángeles Santos| ©Saulo Alvarado
Um mundo, de Ángeles Santos| ©Saulo Alvarado

Embora o nome de Ángeles Santos não seja muito conhecido, a sua obra Um Mundo é uma das mais surpreendentes do museu. Esta autora nascida em Girona desconhecia as correntes artísticas da Europa no ano em que pintou este quadro, em 1929, pelo que surpreendeu a todos com uma pintura inovadora e moderna, cuja única inspiração foram as revistas e publicações da época.

A tela de 3x3 representa o mundo imaginário que a autora inventou com apenas 18 anos, pouco tempo depois de receber as suas primeiras aulas de pintura em Valladolid. Tal foi a admiração que despertou que recebeu elogios de grandes figuras da época, como Ramón Gómez de la Serna, Jorge Guillén ou Lorca. Hoje, qualquer visitante pode ficar impressionado e ver o quadro exposto no Museu Reina Sofía.

  • Autora: Ángeles Santos.
  • Data: 1929.
  • Localização: Sala 205.06 do Reina Sofía.

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5. A Mulher de Azul, de Picasso

A Mulher de Azul, de Picasso| ©Ángel Gil Criado
A Mulher de Azul, de Picasso| ©Ángel Gil Criado

Esquecida e ignorada durante muitos anos, A Mulher de Azul, de Pablo Picasso, é hoje uma das obras mais importantes do autor expostas no Reina Sofía.

Foi uma das primeiras obras pintadas pelo autor à sua chegada a Madrid em 1901, quando era diretor artístico da revista Arte Joven, na qual coincidiu com vários autores da geração de 98.

O quadro, que representa o retrato de uma cortesã da época, fazia parte de uma das ilustrações que Picasso realizava para a revista inspirada em Van Gogh, El Greco e outros grandes nomes. O autor doou este quadro à exposição de Belas Artes de Madrid, após o que caiu no esquecimento durante muitos anos até chegar ao Reina Sofía em 1988 e catapultar a fama desta obra.

  • Autor: Pablo Ruiz Picasso.
  • Data: 1901.
  • Localização: Sala 201.02 do Reina Sofía.

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6. A janela aberta, de Juan Gris

A janela aberta, de Juan Gris| ©Ramón Muñoz
A janela aberta, de Juan Gris| ©Ramón Muñoz

As naturezas mortas sempre foram fonte de inspiração para muitos artistas, entre os quais Juan Gris com a sua obra A Janela Aberta. Faz parte de uma série de obras inspiradas no que o autor via através das janelas, sendo o quadro exposto no Reina Sofía o mais completo de todos.

As vistas do quadro representam o local onde ele pintou o quadro, a localidade de Bandol sur Mer, às margens do mar Mediterrâneo, no sul da França.

Através da sua janela, ele via o mar e, com esse fundo, representava uma natureza morta com uma composição muito original. A sua importância reside na capacidade do autor de pintar vários cenários independentes na mesma tela.

  • Autor: Juan Gris.
  • Data: 1921.
  • Localização: Sala 204.03 do Reina Sofía.

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7. A casa da palmeira, de Joan Miró

A casa da palmeira, de Joan Miró| ©Sven Loopmans
A casa da palmeira, de Joan Miró| ©Sven Loopmans

Entre 1916 e 1922, Joan Miró decidiu viajar em busca de inspiração. Uma busca que deu origem a uma série de obras que representavam diferentes paisagens de forma detalhada. Uma dessas obras foi intitulada A casa da palmeira e, atualmente, está exposta no Museu Reina Sofía.

Este quadro foi pintado em 1918, quando passou o verão em Montroig e decidiu retratar uma das paisagens que o inspiraram. Há uma quantidade imensa de pequenos detalhes no próprio quadro, o que levou a considerá-lo um dos primeiros grandes marcos pictóricos do autor.

É uma das obras mais importantes de Miró na sua fase pré-surrealista, que começou a trabalhar a partir de 1923.

  • Autor: Joan Miró.
  • Data: 1918.
  • Localização: Sala 207.02 do Reina Sofía.

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8. Menina na janela, de Dalí

Menina na janela, de Dalí| ©Gabriela Rondon
Menina na janela, de Dalí| ©Gabriela Rondon

Ao contrário do que se pensa, a jovem que aparece neste famoso quadro de Dalí não é Gala, mas sim a sua irmã Ana María. Este quadro da Menina na janela faz parte dos numerosos estudos que Dalí realizou pintando a sua irmã.

Se reservar uma visita guiada ao Museu Reina Sofía, explicar-lhe-ão que o realismo com que Dalí retrata esta tela é impressionante, ao contrário da grande maioria das obras de um autor que se caracteriza por um surrealismo extremo.

A pose tranquila e relaxada da sua irmã e as cores azuladas transmitem uma tranquilidade que também contrasta muito com a angústia que outras das suas obras provocam. Esta é a obra-prima de Dalí no que diz respeito aos estudos da sua irmã e a prova de que Salvador Dalí também dominava a pintura em outras facetas diferentes daquelas pelas quais é conhecido.

  • Autor: Salvador Dalí.
  • Data: 1925.
  • Localização: Sala 205.06 do Reina Sofía.

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9. Sonia de Klamery, de Hermen Anglada Camarasa

Sonia de Klamery, de Hermen Anglada Camarasa| ©Milton Sonn
Sonia de Klamery, de Hermen Anglada Camarasa| ©Milton Sonn

Hermen Anglada Camarasa foi um pintor modernista nascido em Barcelona, conhecido por representar as cenas que o inspiraram nas suas inúmeras viagens e pelo seu estilo de contrastes entre luzes e sombras e cores vivas e escuras. Nesse sentido, a sua obra, ou melhor, as suas obras mais famosas são as de Sonia de Klamery. E digo obras no plural porque o autor representou esta figura em dois quadros diferentes, com duas poses distintas, deitada e em pé.

Em ambas, ele representa Sonia Klamery, bailarina do balé russo que Hermen admirava, em duas posturas diferentes e com seu contraste característico entre a cor pálida da pele da figura feminina, o colorido de seu vestido e o fundo escuro.

Graças a estas e outras obras, Hermen Anglada obteve reconhecimento mundial como um dos grandes autores modernistas da época por sua representação da sociedade do início do século XX.

  • Autor: Hermen Anglada Camarasa.
  • Data: 1913.
  • Localização: Sala 201.02 do Reina Sofía.

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10. Lola, de Antonio Saura

Lola, de Antonio Saura| ©jean louis mazieres
Lola, de Antonio Saura| ©jean louis mazieres

Antonio Saura foi um autor nascido em Huesca em 1930, precursor do movimento artístico do informalismo em Espanha. Juntamente com outros autores, fundou o grupo «El Paso» de Madrid, que reuniu seguidores desta corrente que teve início em 1951. Uma corrente que se caracterizava por pintar através de «manchas».

Depois de viajar para Paris, Antonio Saura iniciou uma série de obras dentro desta corrente. Muitas delas encontram-se no Reina Sofía, mas a mais destacada é a chamada Lola.

Trata-se de uma representação quase abstrata de uma mulher através de traços grossos e manchas em preto sobre branco. Uma das obras mais relevantes do informalismo em Espanha.

  • Autor: Antonio Saura.
  • Data: 1956.
  • Localização: Sala 406 do Reina Sofía.

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11. Naipes y dados, de Georges Braque

Cartas e dados, de Georges Braque| ©JoJan
Cartas e dados, de Georges Braque| ©JoJan

Georges Barques é um autor francês cuja carreira foi paralela à de Pablo Picasso até 1914, ano em que se alistou para combater na Primeira Guerra Mundial. Ao regressar, Braque tomou um caminho diferente do de Picasso.

A tela de Naipes e dados é uma representação dos jogos de azar da época e tem o valor de ser uma das últimas obras de Georges em que partilha a estética com Picasso e que poderá contemplar se reservar o seu bilhete para o Museu Reina Sofía.

No quadro são representados diferentes jogos de azar, como cartas e dados, num oval sobre uma mesa com uma composição complexa.

  • Autor: Georges Braque.
  • Data: 1914.
  • Localização: Sala 204.01 do Reina Sofía.

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